O governo de Portugal, do novo premiê Luís Montenegro, informou neste sábado 27 que “não esteve e não está em pretexto nenhum processo ou programa de ações específicas” a término de promover reparações às suas ex-colônias. A sintoma surge três dias depois de o presidente Marcelo Rebelo de Sousa declarar que o país é responsável por crimes durante o período da escravidão transatlântica e da era colonial.
Neste sábado, Rebelo voltou a proteger a medida. “Não podemos meter isto debaixo do tapete ou dentro da gaveta. Temos a obrigação de pilotar, de liderar leste processo”, afirmou. “Senão vai-nos suceder o que aconteceu a outros países que, tendo sido potências coloniais, perderam a capacidade de diálogo e entendimento com as ex-colônias e estão a ser convidados a transpor, a muito ou a mal, dos países onde ainda têm alguma presença.”
Todavia, o Executivo da Confederação Democrática, de Montenegro, disse que “se tarifa pela mesma risca dos governos anteriores” sobre as reparações aos países colonizados.
A nota do governo também defende o caminho de “aprofundamento das relações mútuas, reverência pela verdade histórica e cooperação cada vez mais intensa e estreita, assente na reconciliação de povos irmãos”.