O primeiro debate entre o presidente dos Estados, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump, realizado nesta quinta-feira 27, começou com temas polêmicos e sensíveis para os americanos: inflação, aborto e imigração.
Trump defendeu a decisão tomada em 2022 pela Suprema Corte de anular o direito fundamental ao aborto no país. A mudança de posição permitiu que os estados decidam livremente sobre o tema. Biden criticou o fato de seu antecessor ter indicado juízes ultraconservadores para o tribunal.
O republicano também repetiu alegações contra imigrantes e os acusou de estuprarem e matarem mulheres, sem apresentar quaisquer dados para embasar as afirmações.
No início, ao ser questionado sobre eleitores que acreditam viver pior sob sua administração do que durante o governo Trump, Biden afirmou ter recebido uma situação “caótica” na economia. O ex-presidente, por sua vez, disse que “os únicos empregos que ele criou foram para imigrantes ilegais”.
Sem checagem em tempo real, o debate favorece a conduta de Trump ao divulgar notícias falsas. Em dado momento, acusou os democratas de desejarem matar crianças após o nascimento, em referência à defesa de Biden sobre o direito ao aborto.
O evento acontece na Geórgia, um dos estados mais disputados das eleições.
Segundo uma pesquisa publicada na quarta-feira pela Universidade de Quinnipiac, Trump tem 49% das intenções de voto, contra 45% de Biden. Outro levantamento, divulgado no domingo 23 pelo canal Fox, mostra o democrata à frente: 50% a 48%.
O debate tem dois moderadores, os jornalistas da CNN Jake Tapper e Dana Bash, e segue normas rigorosas.
Em uma tentativa de evitar a confusão do primeiro debate de 2020, durante o qual Biden e Trump passaram uma hora e meia gritando e interrompendo um ao outro, a emissora decidiu desligar o microfone de cada candidato quando se esgotar o tempo de resposta estipulado.
Além disso, o programa não tem plateia nem teleprompter, o dispositivo que exibe textos a apresentadores de televisão e políticos em seus discursos.