A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira 13 contra o vereador afastado Pablo Melo (MDB), em Porto Alegre. Ele é filho do prefeito Sebastião Melo (MDB).
A ação aconteceu no gabinete do vereador e em endereços particulares ligados a ele. Segundo o delegado responsável pelo caso, Max Otto Ritter, a operação tinha o objetivo de “formação de prova”.
“Na verdade, nós investigamos delitos licitatórios e, além dos delitos licitatórios, também, supostamente, lavagem de dinheiro, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção ativa”, explicou o delegado.
As diligências desta quarta resultam da Operação Capa Dura, que investiga supostos casos de corrupção na Secretaria Municipal de Educação.
O caso
Pablo Melo está afastado por 180 dias da Câmara dos Vereadores por uma decisão da Justiça gaúcha. Conforme as apurações, a suspeita é de fraude licitatória, lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa na Secretaria de Saúde.
O caso começou a ser investigado depois de uma denúncia de suposto direcionamento de compras da Smed. No total, seriam cinco aquisições feitas em 2022. Elas envolviam kits de robótica, livros, brinquedos pedagógicos e assessoria ambiental. Os valores ultrapassariam 40 milhões de reais.
Ao comentar o afastamento de Pablo Melo, a polícia informou que a decisão “garante a integridade das investigações, afastando suspeitos de envolvimento nos ilícitos”.
O vereador não se manifestou sobre a operação desta quarta. Antes, ao tratar de seu afastamento, ele se disse “surpreso e indignado”.