O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (13) na rede social X que, caso retorne à Presidência, transformará a “liberdade do povo cubano” em uma prioridade de política externa. Segundo ele, a iniciativa seria conduzida em cooperação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Argentina, Javier Milei.
Bolsonaro relembrou que, durante seu governo, suspendeu financiamentos para “ditaduras”, citando especificamente o bloqueio de investimentos em obras em Cuba e o fim do programa Mais Médicos, que trazia profissionais cubanos ao Brasil.
A declaração reflete sua postura crítica a regimes alinhados à esquerda e reafirma seu compromisso com uma política externa voltada para alianças com governos de direita.
Essa não é a primeira vez que Bolsonaro faz promessas para um eventual retorno ao cargo. Na semana anterior (6), em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, ele mencionou a intenção de autorizar a instalação de uma base militar dos EUA na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina para combater o terrorismo.
Bolsonaro está inelegível até 2030 por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não poderá disputar as eleições presidenciais de 2026. O ex-mandatário e seus aliados tentam reverter a decisão da Corte eleitoral.
Entre as medidas que podem beneficiá-lo, está um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) que altera o período de inelegibilidade de 8 para 2 anos.
No caso de Bolsonaro, a inelegibilidade contaria apenas entre outubro de 2022 e outubro de 2024. Com isso, se a proposta estivesse em vigor, o ex-presidente já estaria elegível. Atualmente, o projeto de Nunes está sob a relatoria do deputado Filipe Barros (PL-PR) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
Como propostas para um eventual novo mandato, ele também defendeu a saída do Brasil de organizações internacionais como o Brics e a OMS (Organização Mundial da Saúde), seguindo os passos dos EUA e da Argentina.