O Supremo Tribunal Federal inicia nesta sexta-feira 21 o julgamento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), acusada de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

O caso se refere a um episódio de outubro de 2022, na véspera do segundo turno da eleição, quando Zambelli discutiu com um apoiador do então candidato Lula (PT) em uma rua de um bairro nobre de São Paulo. A bolsonarista perseguiu o homem com uma arma em punho.

Caso seja condenada pelos dois crimes, ela pode enfrentar uma pena de até seis anos de prisão, inicialmente em regime semiaberto, além de perder o mandato e ter de pagar uma multa.

O julgamento ocorrerá no plenário virtual e terminará, em tese, na sexta-feira 28. A conclusão pode atrasar, porém, se algum ministro pedir vista — mais tempo para estudar os autos — ou destaque, o que forçaria a transferência do caso para sessões presenciais.

O primeiro a votar nesta sexta será o relator do processo, ministro Gilmar Mendes.

Carla Zambelli se tornou ré em agosto de 2023, quando a maioria dos ministros votou a favor do recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Segundo a então vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, a deputada não tinha autorização para usar a arma ostensivamente em público.