Em Limeira já existe uma Lei Municipal nº 6.591, do Vereador Everton Ferreira, que torna obrigatória a inclusão de temas relacionados à educação financeira no currículo da rede pública municipal.
Apesar disso, 76,1% da população está endividada.
Esse cenário levanta dúvidas sobre o real alcance da inclusão financeira e força uma reavaliação por parte do governo e dos bancos.
Segundo a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), a prioridade precisa ir além do acesso: é necessário investir na educação financeira dos brasileiros.
O alerta foi feito ao G20 em fevereiro e reacendeu o debate sobre o papel das instituições financeiras na prevenção da inadimplência.
Banco Central determina ações obrigatórias de orientação financeira
Em 2023, o Banco Central publicou a Resolução Conjunta nº 8.
O texto obriga bancos e demais instituições financeiras a implementarem iniciativas voltadas à educação financeira.
Entre os objetivos estão melhorar a tomada de decisão do consumidor e fortalecer o relacionamento com os clientes.
Essas ações devem ser acessíveis e envolver temas como planejamento financeiro, uso responsável do crédito e construção de reservas de emergência.
Especialistas defendem nova postura dos bancos
Para Enrique Ramos O’Reilly, presidente da Moneythor nas Américas, apenas abrir uma conta não garante a inclusão financeira.
Segundo ele, os bancos precisam atuar como orientadores, aproveitando os dados que já têm sobre os hábitos dos clientes.
“O banco deve ajudar antes que a dívida se forme. Isso é possível com tecnologia, dados e inteligência artificial”, afirma.
Estresse financeiro afeta saúde física e mental
Estudos recentes mostram que o endividamento afeta mais do que o orçamento.
Entre os entrevistados com dívidas em atraso, 82% relataram impactos negativos na saúde mental ou física.
A preocupação com a estabilidade financeira se tornou uma das principais angústias da população.
Nesse contexto, os bancos são desafiados a oferecer mais do que crédito: precisam construir relações de apoio contínuo com seus clientes.
Personalização vira demanda entre usuários de serviços financeiros
Sete em cada dez transações bancárias no Brasil são feitas pelo celular.
Entre os consumidores latino-americanos, 53% esperam ofertas personalizadas e 62% desejam que as empresas antecipem suas necessidades.
A hiperpersonalização passou a ser uma exigência.
Para Enrique, os apps bancários estão na posição ideal para entregar esse novo padrão de relacionamento.
Plataforma usa IA para promover bem-estar financeiro
A Moneythor lançou recentemente na América Latina a plataforma Empower.
A solução oferece ferramentas para que os bancos auxiliem seus clientes na gestão de gastos e organização financeira.
A plataforma inclui dicas personalizadas, sugestões de orçamento e incentivos gamificados para estimular hábitos saudáveis.
Segundo Enrique, a proposta é transformar o banco em um parceiro próximo e acessível.
Com isso, é possível reduzir inadimplência, fortalecer o vínculo com o cliente e estabelecer um novo padrão de inclusão financeira.
Educação Financeira nas Escolas: Em Limeira existe uma lei sobre educação Financeira
A educação financeira, ainda muitas vezes negligenciada no currículo escolar, tem ganhado mais destaque em Limeira graças ao trabalho do vereador Everton Ferreira (PSD). Ele é o autor da Lei Municipal nº 6.591/21, que torna obrigatória a inclusão de temas relacionados à educação financeira no currículo da rede pública municipal.
A lei surge como uma resposta à crescente necessidade de preparar as futuras gerações para os desafios econômicos do cotidiano. Embora muitos alunos aprendam sobre matemática, poucos têm a oportunidade de entender de forma prática como gerenciar o próprio dinheiro, como se planejar para o futuro e como evitar armadilhas financeiras, como o endividamento. Ferreira defende que o ensino da educação financeira não deve ser tratado como uma matéria isolada, mas sim como um conteúdo transversal que se conecta com várias áreas da vida pessoal e profissional dos jovens.
A falta de uma base sólida de educação financeira impacta diretamente as escolhas financeiras e as perspectivas de vida de muitos adolescentes e jovens adultos. A Lei 6.591/21 é uma forma de garantir que os estudantes de Limeira tenham acesso ao conhecimento necessário para tomar decisões financeiras conscientes e responsáveis”
Além de prever a inclusão da educação financeira nos currículos, a lei também visa equipar educadores com os recursos necessários para ensinar esses conceitos de maneira clara e aplicável ao cotidiano dos alunos. Para o vereador, que é presidente da Câmara Municipal, esse é um passo essencial para que as crianças e adolescentes compreendam a importância de se planejar, poupar e fazer escolhas financeiras mais saudáveis.
O impacto esperado da lei é a formação de uma geração mais consciente, capaz de lidar com as complexidades do mundo financeiro, evitando situações de vulnerabilidade econômica e promovendo maior autonomia e qualidade de vida. Ao colocar a educação financeira nas escolas, a Lei 6.591 de Everton Ferreira não só empodera os estudantes, mas também fortalece a comunidade como um todo, criando uma base mais sólida para o futuro econômico de Limeira.
Segue a lei Clique aqui e veja a lei Municipal de Limeira Sp
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