Em Limeira, a saúde pública não é apenas um serviço; é quase uma experiência filosófica. Uma jornada de paciência e fé, onde o tempo parece se arrastar de uma forma tão sutil que, ao fim de uma longa espera, você se sente mais como um mestre da meditação do que alguém buscando tratamento ou atendimento médico.
Diante disso, o vereador Waguinho da Santa Luzia (PP), levantou questões trazendo à tona o que muitos já sabem: as filas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais de Limeira estão mais longas do que a lista de promessas de melhorias por parte do executivo. No Requerimento Nº 361/2025, o vereador questiona a Prefeitura sobre a superlotação dessas unidades e solicita dados sobre o atendimento nos hospitais locais. E, claro, ele também quer saber o que está sendo feito para melhorar essa situação.
Agora, não é segredo que o sistema de saúde de Limeira está sob pressão. Os hospitais estão abarrotados de pacientes que recebem mais gente do que podem acomodar, e o atendimento, claro, deixa muito a desejar. A solução, portanto, não deveria ser um segredo. Em vez de esperar que a superlotação se resolva sozinha, a Prefeitura, a Câmara Municipal e demais poderes governamentais devem começar a pensar em alternativas práticas e criativas para aliviar o congestionamento nos hospitais.
A ideia é simples: divulgação de alternativas de atendimento. Em vez da população por falta de conhecimento amplo, se direcionarem todos os casos para as unidades hospitalares, por que não promover de forma mais eficaz o uso das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e postos 24 horas? Já pararam para pensar que muitos dos pacientes que lotam os corredores dos hospitais poderiam ser atendidos em serviços mais simples e ágeis? A questão não está em não atender, mas em organizar o atendimento.
É uma ironia sem fim que, enquanto as filas nos hospitais aumentam, a comunicação sobre os serviços alternativos seja tão fraca.
As UBS, UPAs e os postos 24 horas têm capacidade para aliviar boa parte da demanda. Mas, ao contrário do que poderia ser feito, muitos cidadãos desconhecem que esses serviços estão ali para ajudar – um verdadeiro paradoxo de informações no século da comunicação instantânea.
Portanto, o que falta não é apenas infraestrutura, mas uma ampla divulgação sobre essas alternativas de atendimento. A Prefeitura e a Câmara Municipal precisam sincronizar a união em favor do munícipe para fazer um esforço significativo, afim de informar a população sobre as opções de saúde disponíveis na cidade. Se mais pessoas soubessem que, para casos menos graves, elas poderiam ser atendidas em uma UBS ou posto 24 horas, o sistema de saúde de Limeira certamente funcionaria de forma mais eficiente. A comunicação entre os poderes municipais e a população deve ser clara e constante.
Se a Prefeitura de Limeira se importasse de verdade com a saúde de sua população, deveria parar de tratar a comunicação como algo secundário e colocar em prática uma campanha de divulgação massiva sobre esses serviços alternativos. Talvez isso desafogasse os hospitais e trouxesse um pouco de alívio para quem está cansado de esperar.
Enquanto isso, a fila só cresce, e a espera continua sendo a grande “cura” de Limeira. O que precisamos mesmo é de um atendimento ágil, eficaz, e acima de tudo, bem comunicado, pois até aqui o maior anúncio por parte de algum dos governantes é Hospital público veterinário.
E fica a pergunta. E a população?