A cidade de Cotia, em São Paulo, esteve acompanhando de perto o caso do vereador Alexandre Frota, que enfrentou uma possível cassação de seu mandato após denúncias. O vereador foi acusado de quebrar o decoro parlamentar e cometer abuso de direito ao fiscalizar os atendimentos médicos e as condições de saúde locais, conforme solicitado pelo Conselho Regional de Medicina (CREMESP).
A denúncia, que chegou à Câmara Municipal há cerca de 20 dias, apontou que Frota teria agido de maneira inadequada ao intervir nas atividades do setor de saúde, um campo supervisionado e regulamentado pelo CREMESP. Essa atitude foi vista como uma violação das normas éticas e da autonomia dos profissionais da área médica, provocando um pedido formal de apuração por parte do Conselho.
No entanto, após intensas negociações, foi feito um acordo entre o vereador e o CREMESP, evitando, assim, a cassação do mandato. O acordo estabelece que o vereador se comprometerá a cumprir determinadas condições em relação à sua atuação e postura em futuros questionamentos sobre a área da saúde.
Essa situação chama atenção para o equilíbrio entre o poder do parlamentar de fiscalizar e as limitações impostas pela legislação ética e profissional, principalmente quando se trata de órgãos reguladores como o CREMESP. O que começou como um pedido de apuração de conduta, culminou em um acordo que preserva o mandato de Frota, mas que também estabelece um marco importante para a relação entre políticos e as entidades que regulam profissões essenciais, como a medicina.
O caso levanta um debate relevante sobre a atuação dos vereadores no Brasil e as fronteiras entre fiscalização e abuso de poder. O que poderia ter levado à cassação, agora foi contornado por um acordo, mas sem dúvida, gera reflexões sobre a conduta e responsabilidades de políticos na fiscalização de áreas técnicas como a saúde.
O caso do vereador, que é conhecido por ter atuado como ator de novelas, ganhou repercussão nacional e virou assunto político com o caso.
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Base das Informações: Leo Dias