Diante da ocupação das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado por parlamentares bolsonaristas, os presidentes das duas Casas decidiram mudar a estratégia para garantir a retomada dos trabalhos legislativos. O grupo protesta contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tenta forçar a votação do PL da Anistia e a abertura de um processo de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) convocou uma sessão deliberativa remota para esta quinta-feira. A medida, afirmou o senador em nota, busca evitar a paralisação da pauta e preservar o funcionamento da Casa Alta.
“O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, escreveu o parlamentar. A decisão foi tomada em uma reunião com líderes partidários.
Já Hugo Motta (Republicanos-PB) marcou uma sessão presencial na Câmara para as 20h30 desta quarta. O deputado também reuniu os líderes partidários para reduzir a temperatura na Casa. O tom do encontro, apurou a reportagem, foi de “perplexidade” com o motim bolsonarista.
Na reunião, definiu-se ainda que quem continuar a obstruir os trabalhos será punido com suspensão cautelar do mandato. Caso necessário, a Polícia Legislativa poderá ser acionada para garantir o cumprimento da decisão e a realização da sessão.









