O pastor Silas Malafaia, da Igreja Advec, reagiu nesta quarta-feira 20 após ser alvo da Polícia Federal no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, e chamou o ministro Alexandre de Moraes de “criminoso”.
“Nós estamos diante de um criminoso chamado Alexandre de Moraes, que eu venho denunciando há quatro anos”, disse ao sair do aeroporto. O pastor também prometeu publicar um novo vídeo contra o ministro em suas redes sociais.
“Até meus cadernos de mensagem foram apreendidos. E eu anoto as minhas mensagens, escrevo mensagens da Bíblia. Isso é uma vergonha”, completou.
Além de ser alvo de busca e apreensão, o líder religioso também teve de entregar seus passaportes e, conforme a decisão do magistrado, está proibido de se comunicar com outros investigados.
A medida cautelar foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de obstrução do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Malafaia é um dos aliados mais próximos, pela tentativa de golpe de Estado. O processo, instaurado no Supremo Tribunal Federal no início de julho, tramita sob sigilo.
A operação contou com aval da Procuradoria-Geral da República. Em parecer enviado à Corte no último dia 15, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que a PF obteve diálogos nos quais Malafaia “aparece como orientador e auxiliar das ações de coação e obstrução promovidas pelos investigados Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro”.
