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    Flávio Bolsonaro diz que preço para desistir de candidatura é ter o pai ‘livre, nas urnas’

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    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record neste domingo, 7, que o preço anunciado por ele para desistir de ser candidato a presidente em 2026 é ter o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, “livre, nas urnas”. Flávio disse ainda que a escolha pelo nome dele foi feita de forma “consciente” e que “não tem volta”.

    “Meu preço é justiça. E não é só justiça comigo, é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, nesse momento, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, óbvio que não tem volta. A minha pré-candidatura à Presidência da República é muito consciente”, disse ele. Quando questionado se apenas a anistia para o pai e outros condenados pelo 8 de Janeiro o faria deixar a pré-candidatura, ele reforçou que é necessário ver o pai no páreo das eleições. Condenado por tentativa de Golpe de Estado, Jair Bolsonaro cumpre pena de 27 anos.

    Na manhã deste domingo, Flávio compareceu a seu primeiro compromisso público desde que anunciou sua entrada na corrida presidencial, em Brasília, após participar de um culto evangélico. O senador, então, afirmou que poderia não levar o projeto até o fim. “Olha, tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso. Eu vou negociar”, declarou, cercado por apoiadores e assessores. Questionado se esse “preço” teria relação direta com a votação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, Flávio reagiu com ironia: “Tá quente, tá quente”, respondeu, sem estender o assunto.

    O filho escolhido

    Entre expoentes do Centrão, o anúncio de Flávio na sexta-feira, 5, de que havia sido escolhido pelo pai era tratado como um bolão de ensaio, que no jargão político significa um teste para se aferir a aceitação ou a rejeição da ideia. Embora tenha afirmado na ocasião se tratar de uma “missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, Flávio provocou descontamentos internos em aliados ligados à direita, que preferem nomes mais competitivos, como o do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 7, mostra que apenas 8% consideram que o primogênito da família Bolsonaro deveria ser o nome escolhido pelo pai para empunhar a bandeira do conservadorismo em 2026. No mesmo levantamento, os entrevistados apontavam a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o próprio Tarcísio como melhores opções para a corrida ao Palácio do Planalto.

    Nesta segunda-feira 8, o Zero Um iniciará uma rodada de conversas com líderes do Centrão, incluindo Valdemar Costa Neto (PL), Ciro Nogueira (PP), Antonio Rueda (União), Marcos Pereira (Republicanos) e Rogério Marinho (PL). Na terça, pretende voltar a visitar o pai — preso e acompanhando a movimentação à distância — para discutir o andamento das articulações. “Agora é trazer as pessoas certas para o nosso lado. Nesse primeiro momento, vamos conversar, sem compromisso de absolutamente nada, para que todos possam trocar impressões e ouvir da minha boca o projeto que vamos colocar no papel”, afirmou.

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    Mercado descontente

    Flávio Bolsonaro declarou que a decisão de se lançar pré-candidato foi amadurecida ao longo de conversas com o pai e oficializada após uma reunião familiar na última semana. Segundo ele, o ex-presidente queria esperar o momento em que se sentisse “confortável” para liberar o anúncio.

    A repercussão no mercado financeiro, que reagiu negativamente à divulgação da candidatura na sexta-feira — fazendo o Ibovespa virar para queda e recuar quase 2% — foi tratada pelo senador como algo previsível. Ele disse considerar o movimento “natural”, mas atribuiu a leitura a um julgamento apressado.

    Para tentar amenizar o temor dos investidores, Flávio apresentou uma versão reformulada de si mesmo — e, por tabela, do próprio sobrenome Bolsonaro. “Só que eles fazem uma análise precipitada, no meu ponto de vista, porque a partir do momento que eu tenho a possibilidade, com essa exposição e a cobertura que vocês da imprensa vão me dar, de conhecer um Bolsonaro diferente, um Bolsonaro muito mais centrado, um Bolsonaro que conhece a política, que conhece Brasília, que vai querer fazer uma pacificação no país”, disse.

    Entre negociações em curso, resistências internas e o recado cifrado sobre o “preço”, Flávio Bolsonaro abre a pré-campanha tentando convencer aliados, eleitores — e o mercado — de que seu nome merece permanecer no jogo. Resta saber se será suficiente para levá-lo até o fim da disputa ou apenas até o ponto em que a negociação

    Créditos Revista Oeste

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