Uma parcela do Partido dos Trabalhadores criticou a declaração em que o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, indicou uma chapa puro-sangue para a reeleição de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro. Não é o caso do vice-presidente nacional do PT Washington Quaquá.
Deputado federal, Quaquá dispara contra o que considera um movimento divisionista no PT do Rio. Ele se refere a correligionários que defendem, por exemplo, apoiar Tarcísio Motta (PSOL) em vez de se aliar a Paes no primeiro turno.
O vice-presidente petista afirmou a CartaCapital não ver motivo para incômodo com uma chapa 100% pessedista na capital fluminense. “Inclusive, é bom que Kassab já se comprometa com o apoio a reeleição do presidente Lula”, declarou. “O Rio faz parte desse acordo.”
O argumento de Kassab para sugerir prefeito e vice do PSD também passa por 2026, mas sobre outras bases: Eduardo Paes tende a deixar um eventual novo mandato daqui a dois anos para se lançar a governador.
“Ele está muito motivado a ser prefeito cumprindo mandato em tempo integral, mas não vai poder, quando for perguntado se vai ser candidato a governador, afirmar que existe essa possibilidade se não tiver um vice do mesmo partido, que conheça os projetos, alguém de dentro do time”, disse Kassab no domingo 9. “Essa é efetivamente a posição dele e, principalmente, a da nacional do PSD.”
O favorito do prefeito para o cargo de vice é o deputado federal Pedro Paulo (PSD). Kassab, porém, ainda não cravou a definição e até ponderou ser “desrespeito com os aliados” afirmar categoricamente que a chapa não contemplará um partido coligado.