A forma como os brasileiros lidam com o dinheiro mudou de forma significativa nos últimos anos, impulsionada pelo avanço de soluções digitais.
Segundo o Banco Central, mais de 120 milhões de pessoas utilizam o Pix no país. Ao mesmo tempo, o número de fintechs cresceu 57% em um ano.
A queda nas emissões de cheques, que recuaram 95,87% até 2024, mostra a velocidade dessa transformação.
Para Murilo Rabusky, diretor de Negócios da Lina Open X, “a tecnologia deixou de ser um diferencial para se tornar requisito básico de competitividade”.
A seguir, conheça cinco tecnologias que estão mudando o setor financeiro e influenciando o comportamento do consumidor.
Pix por aproximação amplia agilidade e segurança
Lançado em 2021, o Pix se tornou o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, segundo o Banco Central.
Agora, a versão por aproximação permite realizar transferências sem abrir o aplicativo do banco, usando biometria e aproximação via celular.
Essa tecnologia melhora a experiência de pagamento em contextos como transporte, eventos e varejo físico.
“O avanço só foi possível com o Open Finance, que permite conexões seguras entre mais de 100 instituições”, explica Rabusky.
Moeda digital brasileira testa nova fase do sistema bancário
O Drex, moeda digital do Banco Central, está em fase de testes com 16 instituições financeiras.
A proposta é permitir transações semelhantes às do Pix, com possibilidades adicionais, como a negociação de títulos públicos.
Essa inovação representa um novo passo na digitalização monetária e deve influenciar como pessoas e empresas movimentam recursos.
Biometria facial avança no setor bancário
Segundo a Febraban, sete em cada dez bancos brasileiros já utilizam biometria facial como ferramenta de segurança e autenticação.
Instituições como Bradesco e Nubank adotaram a tecnologia, tornando pagamentos e validações mais ágeis e seguras.
A tendência deve se intensificar com a busca por métodos que equilibrem conveniência e proteção de dados.
Inteligência artificial aumenta eficiência nas transações
A IA tem papel crescente no setor financeiro, com aplicações que vão de chatbots a análise de dados e biometria.
Um estudo da Juniper Research projeta que os investimentos em chatbots financeiros devem atingir US$ 72 bilhões até 2028.
“A inteligência artificial democratiza o acesso a serviços financeiros e impulsiona a inovação no setor”, afirma Rabusky.
Para ele, a tecnologia contribui para o crescimento de diversos segmentos da economia.
Open Finance permite serviços mais personalizados
O Open Finance permite o compartilhamento de dados financeiros entre instituições autorizadas, com consentimento do cliente.
A medida favorece a criação de produtos personalizados, incentiva a concorrência e aumenta a portabilidade entre bancos.
“Hoje, o Open Finance é uma infraestrutura central do sistema financeiro, não apenas uma inovação de nicho”, destaca Rabusky.
Segundo ele, o modelo ajuda a reduzir assimetrias de informação e melhora o acesso a melhores condições de crédito e investimento.
Perspectivas indicam avanço contínuo da digitalização
Para Murilo Rabusky, o setor financeiro brasileiro está em rota de transformação acelerada e com potencial de liderança global.
“O Brasil já é referência mundial em Open Finance e no Pix. O cliente e o mercado saem ganhando com isso”, afirma.
Ele destaca que o sucesso depende da capacidade das instituições em explorar as novas tecnologias de forma inteligente.