A nova pesquisa Datafolha indica que a imagem do STF e do Congresso permanece praticamente inalterada no segundo semestre de 2025, apesar de decisões judiciais de grande repercussão e de embates políticos no Parlamento.
No caso do Supremo Tribunal Federal, 35% dos entrevistados afirmaram que o trabalho da Corte é ruim ou péssimo. Outros 32% disseram avaliar como ótimo ou bom, enquanto 29% consideram regular. Os números mostram variação pequena em relação ao último levantamento, divulgado em julho.
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STF registra leve melhora
A avaliação positiva dos ministros do STF teve uma oscilação favorável de três pontos percentuais desde julho. O tribunal mantém uma tendência de recuperação que começou dois anos atrás, quando apenas 23% dos entrevistados aprovavam sua atuação.
A percepção sobre o desempenho da Corte varia conforme o perfil socioeconômico. A aprovação cresce entre pessoas de 45 a 59 anos (38%), aposentados (39%), brasileiros com menor nível de escolaridade (40%) e simpatizantes do PT (63%). Entre eleitores que avaliam o governo Lula como ótimo ou bom, o percentual chega a 68%.
O movimento oposto aparece entre grupos mais escolarizados e de maior renda. A reprovação é maior entre homens (41%), entrevistados com ensino superior (43%), indivíduos com renda familiar acima de cinco salários mínimos (48%) e empresários (58%). A rejeição chega a 87% entre simpatizantes do PL.
Congresso mantém avaliação estável
A percepção sobre o Congresso Nacional também permaneceu praticamente estável. Segundo o Datafolha, 44% consideram o desempenho de deputados e senadores regular; 31% avaliam como ruim ou péssimo e 21% como ótimo ou bom. Houve recuo de quatro pontos na rejeição desde julho, mas dentro da margem de erro.
O resultado surge após meses de tensão, marcados pela tramitação da PEC da Blindagem, que buscava alterar o rito de processos contra parlamentares, e por protestos no plenário da Câmara durante a decretação da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Apesar do desgaste público desses episódios, a avaliação da instituição não sofreu impacto relevante.
Em comparação com a legislatura anterior, o desempenho atual é melhor. Em dezembro de 2021, o Congresso era aprovado por apenas 10% dos entrevistados, enquanto 41% o avaliavam negativamente.
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Perfil da aprovação e da rejeição
A avaliação positiva do Congresso é mais frequente entre mulheres (24%), pessoas de menor renda (24% entre quem ganha até dois salários mínimos) e moradores do Nordeste (25%). A taxa também cresce entre quem considera o governo Lula ótimo ou bom (35%) e entre os satisfeitos com o desempenho do STF (39%).
Por outro lado, a rejeição é mais intensa entre homens (36%), pessoas com ensino superior (40%), famílias com renda acima de dez salários mínimos (48%) e moradores de regiões metropolitanas (36%). Entre os que avaliam o governo Lula negativamente, a reprovação ao Congresso sobe para 42%.









