O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o Exército entregue, em até 48 horas, a ficha de movimentação do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, réu no processo sobre a participação de militares e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de golpe de Estado.
O documento deve detalhar todas as movimentações do oficial entre janeiro de 2021 e janeiro de 2023, especificando as funções exercidas. A diligência havia sido publicada em 7 de julho, após pedido da defesa do militar, mas até 19 de agosto o Exército não havia cumprido a ordem judicial.
Diante disso, Moraes reforçou a cobrança e estabeleceu o prazo de 48 horas para a apresentação das informações. A decisão foi assinada na quarta-feira 20 e publicada na Ação Penal 2.696, à qual respondem os réus acusados de integrar o núcleo 3 da trama golpista.
Rafael Martins é apontado pela Polícia Federal como um dos operadores do esquema que previa até a prisão de Moraes. O militar foi citado na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que relatou a entrega de recursos em espécie por ordem do general Walter Braga Netto, então ministro da Defesa.









