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    Festival de Cinema Negro celebra produção audiovisual amazônica

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    O 4º Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus, iniciado na última terça-feira (14), irá até o dia 26 no estado do Pará. A programação é gratuita, sendo dividida entre o Museu da Imagem e do Som (MIS), no Palacete Faciola, na cidade de Icoaraci, e as ilhas de Caratateua (Outeiro), Cotijuba, Mosqueiro e Maracujá.

    A meta é estimular e divulgar a produção audiovisual de filmes negros da região amazônica, dando visibilidade a produtores locais como povos ribeirinhos, indígenas e quilombolas.

    Com exibições de filmes, apresentações musicais, formação audiovisual e debates, o festival vai homenagear a líder quilombola Felipa Maria Aranha, da região do Baixo Tocantins, no Pará.

    Para as exibições, foram selecionadas 40 obras dirigidas por pessoas negras ou povos originários, divididas entre as categorias curtas-metragens, videoclipes, animações e outros formatos.

    Até o dia 17 próximo, a Estação Cultural de Icoaraci terá oficinas de fotografia para cinema, direção de arte e continuidade para o cinema, a cargo dos profissionais do audiovisual amazônico Lu Peixe e Maurício Moraes, do Pará, e Francisco Ricardo, do Amazonas.

    Abertura

    A abertura oficial do festival acontecerá dia 18, na Estação Cultural de Icoaraci, com a exibição do documentário Ginga Reggae, da cineasta Nayra Albuquerque, do Maranhão. Em seguida, a festa continua no Espaço Cultural Coisas de Negro, com apresentação do grupo musical Os Falsos do Carimbó e da DJ Cleide Roots, ambos do Pará.

    No dia 22 de janeiro, será realizado o Fórum de Cineastas Negros, com apoio da Associação de Profissionais Negros do Audiovisual. Já nos dias 23 e 24, acontecerão as masterclass de coprodução com cinema indígena, com o fotógrafo e comunicador indígena Bitate Juma, de Rondônia, e da cineasta e ativista Beka Munduruku, do Pará; distribuição de curta-metragem, pelo diretor e roteirista Uilton Oliveira), e de montagem, com o diretor, montador e roteirista Mário Costa, do Pará.

    O projeto leva o nome de Zélia Amador de Deus, uma das principais lideranças do movimento negro do Pará e da Amazônia. Além de atriz, professora universitária, e diretora de teatro, ela também é fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (Cedenpa) e do Grupo de Estudos Afro-Amazônico (Geam/UFPA).

    Nesta edição, o festival premiará com o Troféu Zélia Amador de Deus filmes em cinco categorias: melhor animação amazônica, melhor filme da região amazônica, melhor videoclipe, melhor filme nacional e melhor projeto múltiplos formatos. Serão mais de R$ 9,5 mil em premiações. Os vencedores serão conhecidos no último dia do festival (26).

     

    Agência Brasil

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